Uma empresa sem cantos

imagesUma empresa sem cantos para esconder-se, para proteger-se e para não cair na rotina.

Com o conteúdo absorvido em sala de aula, proponho uma mudança no comportamento dos colaboradores da minha empresa. Uma mudança onde à meta é tirar os cantos da empresa. Ou seja, colocar os colaboradores em primeiro plano, visíveis a todos os outros colaboradores e clientes, com rotinas diferentes das praticadas, horários especiais para “girar” o colaborar na empresa e incentivar a participação do mesmo em todo o processo.

Analisando o comportamento dos colaboradores, percebo que há um enorme buraco separando estas pessoas. E não é um buraco que separa as pessoas fisicamente. É um buraco de responsabilidades e individualismo, onde as pessoas protegem-se nos seus afazeres diários e rotineiros. Não há uma visão holística da empresa e dos seus processos. Não há empatia entre os grupos e departamentos. Não há uma causa maior. Pode-se dizer que é o seu canto confortável.

Mas como tirar os cantos da empresa sem prejudicar as pessoas? Ou pior, sem gerar especulações? Acredito que a melhor solução para retirar os cantos da empresa é composta por três passos.

O primeiro passo é expor os colaboradores na empresa e nos clientes. Tornar visível as responsabilidades, as conquistas e os desafios de cada colaborador. Todos devem conhecer os colaboradores, um por um. Com este passo, os colaboradores vão entender o porquê foram contratados, vão desenvolver empatia pelas pessoas percebendo os desafios e conquistas delas e vão obter a sensação de pertencer a algo maior.

O segundo passo é uma complementação do primeiro e visa aproximar os colaboradores dos clientes em uma relação pessoal. Para implantar este passo, é necessário que os colaboradores visitem os clientes de tempos em tempos com intensidade maior para os novos colaboradores. Com este passo, os colaboradores vão desenvolver empatia pelos clientes e oferecer melhores serviços aos mesmos. Este passo também desenvolve a relação interpessoal dos colaboradores.

O terceiro passo consiste na cultura de experimentar. Experimentar cargos, departamentos, novos produtos, novos serviços, novas estratégias e novos recursos que possam ser explorados para solucionar problemas. Com este passo, é possível explorar a criatividade dos colaboradores na busca de soluções vindas de quem percebe as necessidades. Consequentemente, o departamento de pesquisa e desenvolvimento não se limita a uma sala ou grupo de pessoas. Todos exploram. Todos inovam. Todos criam algo. A relação é diferente.

Os três passos foram descritos de forma aberta e podem ser entendidas de diferentes formas, mas sempre implantadas com o mesmo propósito e expectativa de resultado. O que muda é o ambiente e a cultura da empresa no momento em que se aplicam os passos. Essas mudanças vão definir a divisão dos passos em várias tarefas e que devem ser testadas e acompanhadas por pessoas capacitadas.